VIOLÊNCIA GRATUITA: SUBINDO O MORRO

 SEGURANÇA PÚBLICA  DE UMA CLASSE SÓ


Muitos aplaudem e soltam sonoras frases "é isso aí. a PM tá fazendo o seu papel. tem que acabar com esses bandidos": aplausos. Outros apoiam como se no morro somente existissem bandidos. Essas pessoas (que apontam) são moradoras do próprio bairro e têm o mesmo preconceito sobre quem reside nas escadarias, quanto quem, de um bairro nobre tem, para com os que residem em morros. No caso englobam escadarias e ruas, becos, etc. Tudo faz parte do morro.

É interessante ver as ações policiais acontecerem com frequência no morro e de maneira "bem orquestradas", coordenadas a ponto de acontecerem em horários em que crianças saem de escolas, em madrugadas em que testemunhas não existem ou as que tem são desacreditadas. 


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VIVER EM FAVELA

Quando o secretário de segurança pública vem à tv falar sobre as frequentes ações policiais no morro, principalmente as que saem do controle e que é necessário elaborar uma história bem criativa para dar uma resposta a sociedade, fala mal de um grupo mínimo de pessoas como se representassem toda a população de um bairro com mais de sete mil moradores. Fala pejorativamente de como a população daquela localidade, comunidade, defende o lado "errado" do sistema: traficantes, assassinos, bandidos e hostilizam seus policiais.

Perante os "corretos" da sociedade a comunidade do morro é composta por pessoas à margem dessa sociedade. A violência aparece exatamente quando a polícia sobe o morro. É incrível como esses caras fardados se transformam em valentões e com o ar de superioridade de quem faz parte de um mundo melhor e está tentando limpar o lixo da cidade. Certeza absoluta que ações em bairros mais favorecidos, de classe média, média alta não ousam olhar diferente pra alguém, pois cagam de medo de um desses favorecidos sociais os processarem. Neste caso a força policial se torna mais fraca e o peso dessa força eles dispensam para as periferias. Se por um acaso um trabalhador de bem for confundido com bandido e desrespeitado, espancado ou até mesmo assassinado, tudo bem, ninguém liga mesmo. Então no dia seguinte o secretário vai a tv novamente contar outra historinha que a "sociedade" quer ouvir.


Essa história de que somente estão cumprindo a lei  só serve para os pobres de comunidades periféricas e não venham aqui comentar que, quem defende bandido é bandido, por que um genocida, negacionista, homofóbico, miliciano e projeto de ditador foi posto no poder por mais da metade da população e esmagadora classe alta dona dos bons costumes e senhora da razão. 


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BRASIL: ESCRAVIDÃO
CONTEMPORÂNEA
Então sim, a segurança pública está trabalhando para a classe abastada tentando controlar a desordem dos pobres que se misturam com bandidos e traficantes de comunidades periféricas e de morros. 

Mas o mais triste, para não dizer revoltante, é saber que muitos pobres coitados desses lugares ainda defendem os açoitadores contemporâneos.

Se não concorda com o que escrevi aqui, ok. Exponha então sua opinião nos comentários para um debate sadio. Sei que nada é perfeito e cem por cento e em todos os lugares do Brasil existem a banda podre, corrupção e etc. Mas a realidade das comunidades de periferias e/ ou morros é exatamente como lhes falo. Em se tratando da segurança pública: presença com repressão. Em se tratando de saúde: ausência com descaso.


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