SEGURANÇA PÚBLICA REPRESSIVA COM POPULAÇÃO PERIFÉRICA: GOVERNO DIREITISTA ENDURECE CONTRA OS POBRES, AO INVÉS DE CONTRA A POBREZA

TRAGÉDIA ANUNCIADA EM PARAISÓPOLIS, FAVELA NA CIDADE DE SÃO PAULO ONDE MORRERAM NOVE PESSOAS EM AÇÃO POLICIAL

Foto: Bento Fabio/  Coletivo Papo

Em São Paulo, a mais recente barbárie (01/12) em uma favela, em que a polícia militar está envolvida, nos trouxe a uma reflexão mais crítica sobre a segurança pública no Brasil. 

Hoje, como sempre no país, a polícia militar segue desprestigiada pelos governos que vêm e vão no sentido de baixos salários, falta de estrutura para trabalhar e despreparo para lidar no dia a dia com o cidadão de bem, que neste caso - população periférica- estão sendo confundidas e tratadas como bandidos.

As palavras do governador de São Paulo, Doria, após o episódio das nove mortes da favela de Paraisópolis causadas pela polícia militar, nos deixa no mínimo perplexo, se não dizer indignados:
   "A política de segurança pública  do Estado de São Paulo não vai mudar. A letalidade não foi provocada pela polícia militar, sim por bandidos que invadiram a área onde acontecia o baile funk. Não houve ação da polícia, nem utilização de arma, nem ação da polícia em relação a invadir a área onde o baile funk estava ocorrendo."
Pasmem agora. Essa fala do governador de São Paulo, Doria, foi pronunciada mesmo antes de qualquer investigação. Ou seja, independente do que que ocorreu de verdade, ele já demonstrou de que lado estava e a quem iria apoiar: transmitiu a notícia de que a polícia era inocente e que, as pessoas que ali morreram são irrelevantes para o sistema. Mesmo sabendo que nenhum dos mortos eram bandidos e sim adolescentes/ jovens de periferia.

Para deixar o governo e a polícia em situação mais difícil e constrangedora ainda, os vídeos que o ministério público conseguiu das câmeras da prefeitura, mostram exatamente o contrário de tudo que foi relatado pelos policiais.


Como o ocorrido se deu em um ambiente  de população "classe inferior", pobres, de periferia, o Governador de São Paulo sinalizou o seu lado, demonstrando em suas palavras, que reprime os pobres com a polícia e matam seus filhos que em seu pensamento de superioridade quanto defensor de sua classe esses filhos serão os futuros bandidos de amanhã. E como ele bem disse, é assim que vai ser e 'não vamos mudar'.  

O que entendemos, percebemos e fica visível, nos dias atuais é que, se um ou dois jovens de classe média estivessem entre os mortos por descontrole da polícia -que representa o estado-, o discurso desse governador, certamente e sem sombras de dúvidas seria outro. Ele exigiria um rigor muito maior nas investigações, além de não declarar seu lado antes de uma investigação justa, com um pedido de desculpas em lágrimas.

Em nota, a União de Moradores de Paraisópolis afirmou: "Não foi acidente! Com frequência, ocorrem ações policiais de dispersão, causando correria e violência, como mostram os videos. Essa madrugada, jovens foram encurralados em becos e vielas e foram levados a caminho da morte, e quem deveria proteger está gerando mais violência"

ENTENDA O QUE OCORREU EM PARAISÓPOLIS NAS MORTES DE NOVE JOVENS INOCENTES 

Em um baile funk tradicional realizado na favela de Paraisópolis, em São Paulo, em que a polícia militar apareceu - supostamente em uma perseguição a criminosos-, ouve tumulto e correria, com a polícia reprimindo com força desproporcional e encurralando uma quantidade grande de pessoas que culminou com mortes (nove), pisoteadas. 

Excessos por parte da polícia foram relatados por testemunhas ao qual foram comentadas por especialistas em segurança pública como desastrosa.

A matéria completa você pode ler no site globo.com inclusive saber o nome e identidade de todos os nove mortos. (Clique aqui e acesse o site).




FONTE: globo.com

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